Kickback - Eles não tem o PMA


PMA, Positive Mental Attitude, algo que tem infestado a mentalidade do garoto hardcore desde o tempo de bandas do Youth Crew. Normalmente isso era atrelado a aquela turma de moleque que usa jerseys, faz malhação, come brócolis e não bebe nem usa drogas, mais ou menos uma espécie de garoto que toda mãe sempre quis, mas curte ouvir uns punk rock e fazer slam dance.

Porém a história de "família, respeito, ruas, seja sempre positivo e confie nos seus amigos" nunca caiu na mente de certos grupos do hardcore, entre alguns deles Integrity, Gehenna, Slapshot, entre outras que um dia citarei no blog. Logo faziam uma coisinha que muitos chamam de "Negative Hardcore".


 Nessa história de hardcore com pensamento negativista, surge na França o Kickback. Cansados da sociedade chique européia e o fato de viverem num país onde existem seres como Valfunde e Jean Pierre Jeunet, esses comedores de baguete formaram uma das bandas mais violentas da cena hardcore mundial...


Dizem que é comum rolar sempre pancadaria nos shows, mas não só por causa de públicos bebados e irritados, mas também ataques da própria banda contra espectadores "distraídos". Como pode ver nas fotos mais acima, até tocam em puteiro, o que eles querem é causar a discórdia e aparecer no Cidade Alerta.

Bem, vamos a música agora: Kickback no começo de sua carreira seguia a linha bem típica do hardcore noventista, porém conforme os álbuns iam sendo lançados, a sonoridade fica cada vez mais violenta, assim como os temas. Suas líricas abordam niilismo, violência sexual, decadência humana, entre as influências maiores da banda estariam Marquês de Sade, Peter Sotos e Gaspar Noé (rolam rumores de que o próprio quase gravou um clipe com a banda).


Porém  do álbum "No Surrender" em diante, os franceses começaram a adotar aspectos musicais do Black Metal e os vocais parecem cada vez mais perturbadores. No álbum "Et Le Diable Rit Avec Nuos" é onde a banda atinge seu ápice da insandidade, músicas com riffs dissonantes pra caralho, vocais que fazem tu sentir aflições e arranjos completamente non-sense, porém a cereja do bolo vai pra um cover de Geto Boys com a participação de Mike Cheese do Gehenna.


Abaixo deixarei os links de dois álbuns que mostram bem a mudança da cerveja a urina que esses caras fizeram, "Forever War" e "No Surrender". Além do clip lindíssimo de "Le Chant Du Diable", que é a melhor representação visual da banda:
 

Discografia:
No One Gets Out Alive demo (1992)
Cornered (1995)
Forever War (1997)
Les 150 Passions Meurtrières (2000)
No Surrender (2009)
Et Le Diable Rit Avec Nuos (2011)

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